segunda-feira, julho 29, 2013

Oitavo Encontro - Vamos Inventar

Sugestão de planejamento:

- Definição de crônica.
- Elaboração de textos, desenhos e poesias.
- Atividade: Problemas na bexiga.

  • A crônica é uma forma textual no estilo de narração que tem por base fatos que acontecem em nosso cotidiano. Por este motivo, é uma leitura agradável, pois o leitor interage com os acontecimentos e por muitas vezes se identifica com as ações tomadas pelas personagens. Já pensou que se você fosse escrever uma, o que seria necessário? Vejamos de forma esquematizada as características da crônica:
Narração curta;
Descreve fatos da vida cotidiana;
Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;
Possui personagens comuns;
Segue um tempo cronológico determinado;
Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens;
Linguagem simples.


Crônica O Homem Nu de Fernando Sabino (leitura em voz alta)













Ao acordar, disse para a mulher:

— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.

— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.

— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar. — amanhã eu pago.

Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão. Como estava completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.

Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:

— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu. — chamou, em voz baixa.

Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.

Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares... Desta vez, era o homem da televisão!

Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:

— Maria, por favor! Sou eu!

Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão.

Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.

— Ah, isso é que não! — fez o homem nu, sobressaltado.

E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pelo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!

— Isso é que não. — repetiu, furioso.

Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador. Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E agora? Iria subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.

— Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.

Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho:

— Bom dia, minha senhora. — disse ele, confuso. — Imagine que eu...

A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:

— Valha-me Deus! O padeiro está nu!

E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha:

— Tem um homem pelado aqui na porta!

Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava:

— É um tarado!

— Olha, que horror!

— Não olha não! Já pra dentro, minha filha!

Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.

— Deve ser a polícia. — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.

Não era: era o cobrador da televisão.

  • Maiores cronistas nacionais, sugestão de pesquisa:
- José de Alencar
- Machado de Assis
- Olavo Bilac
- Graciliano Ramos
- Rachel de Queiroz
- Clarice Lispector
- Rubem Braga
- Mario Prata
- Carlos Heitor Cony

  • DINÂMICA DAS BEXIGAS II (PROBLEMAS)
Atividade: Cada participante deve encher uma bexiga que tem em seu interior um papel com uma palavra já escrita. O orientador deve explicar que cada bexiga corresponde a um problema que enfrenta-se no dia-a-dia (desinteresse, intrigas, competições, inimizades...). Em seguida todos serão orientados a brincar com a bexiga, jogando para cima com diversas partes do corpo e depois trocando de bexiga entre si, sem deixá-las caírem.

Aos poucos o orientador deve retirar pessoas do grupo, deixando as bexigas para os que permanecem. Quando as pessoas que estão no centro não conseguirem mais manter todas bexigas no ar o orientador deve encerrar a brincadeira e perguntar para para todos o que sentiram quando foram sobrecarregados ou quando viram os outros sendo sobrecarregados, concluindo que é mais fácil lidar com os problemas quando todos estão juntos.

Em seguida cada participante estoura uma bexiga e lê no papel o ingrediente para resolver os problemas, comentando o que aquela palavra significa para ele. Dicas de palavras para colocar nas bexigas:amizade, solidariedade, confiança, apoio, aprendizado, crítica, motivação, aceitação...

Objetivo: Gerar um processo reflexivo sobre o enfrentamento de problemas do dia-a-dia, observando a importância do trabalho coletivo.

[Paródia] Te ver

Esta paródia foi criada no sétimo encontro pelas alunas Tatiana, Rayana e Fernanda. Elas se inspiraram naqueles amigos que as irritam ao extremo. Confira:


Te ver e não te bater
É insuportável. É horrível.
Te ver e poder bater
É adorável. É incrível. (2x)

É como te afogar no rio
e não gargalhar.
É como te ver cair
e não te zoar.
É como ver batata frita
e não atacar.
É como não rir
vendo sua chapinha molhar.

Te ver e não te bater
É insuportável. É horrível.
Te ver e poder bater
É adorável. É incrível.

É como te ver vomitando
e não enjoar.
É como te ver mexendo no meu celular
e não te chutar.
É como você me ver calmo
e não vir me perturbar.
É como te ver indo embora
e não se alegrar.

Te ver e não te bater
É insuportável. É horrível.
Te ver e poder bater
É adorável. É incrível.


Sétimo Encontro - Vamos Recriar

Sugestão de planejamento:

- Definição de paráfrase e paródia.
- Exercícios de recriação de histórias.
- Atividade: Sabe Tudo.

















Há vários modos na produção de texto que podem ajudar a fazer uma boa redação, como: clareza na coerência e coesão; leitura e escrita; pré-escrita.

Na citação de Bernardo (2000, p, 54), "[...] Escrever para aprender significa descobrir relações entre ideias, selecionar e ordenar ideias e dados, ou ainda dar forma a experiências pelas quais passamos a fim de que possamos compreendê-las com mais clareza".

Para saber escrever, é necessário ordenar os pensamentos e pôr as palavras certas.

Para o texto ser coerente, é necessário que haja uma ligação significativa entre diversas partes; portanto, tudo tem que se escrever logicamente. Então, as classes de palavras, como os substantivos e os verbos devem ser unidos não apenas para somar ideias, mas também para ter base para que haja sentido no texto.

A coesão (ideias amarradas) referencial é quando faz referência a alguém ou coisa do próprio texto, e são utilizados pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos ou expressões adverbias; a coesão lexical é quando tem uma certa carga de redundância, ou seja, repetição de ideias. Isso se faz, através dos sinônimos ou expressões equivalentes conhecidas pelo leitor.

Paráfrase significa pôr com outras palavras o que se leu.

A paráfrase origina-se do grego “para-phrasis” (repetição de uma sentença). Assim, parafrasear um texto, significa recriá-lo com outras palavras, porém sua essência, seu conteúdo permanecem inalterados. Vejamos um exemplo a seguir:

Texto Original
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).

Paráfrase

Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra…
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!
(Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e Bahia”)

A paródia tem como elemento principal, na maioria das vezes, a comédia, ou seja, a partir da estrutura de um poema, música, filme, obras de arte ou qualquer gênero que tenha um enredo que possa ser modificado.
Veja um exemplo:

Texto Original: Cachaça Não É Água
Marchinhas de Carnaval

Você pensa que cachaça é água?
Cachaça não é água não.
Cachaça vem do alambique
E água vem do ribeirão.

Pode me faltar tudo na vida:
Arroz, feijão e pão.
Pode me faltar manteiga
E tudo mais não faz falta não.

Pode me faltar o amor
(Disto até acho graça).
Só não quero que me falte
A danada da cachaça.

Paródia especialmente criada para a Oficina:

Você pensa que leitura é chata,
Leitura não é chata não.
Leitura te faz viajar
Sem tirar o pé do chão. (2x)

Na vida já tem tanta tristeza:
Falta saúde no meio da corrupção.
Posso não ter tido moleza
E nem a melhor educação.

Posso não ter um romance
(nem grandes aventuras).
Mas nada disso me afeta
Quando mergulho em minha leitura.

  • Que tal parodiar uma história famosa? 
  • Atividade dinâmica Sabe tudo
Essa é uma atividade muito divertida, que tem como objetivo a descontração e a aproximação entre os membros do grupo. Material: papel, caneta e um saco.

Procedimento: Em papeis serão escritas perguntas como:

Quem é o autor da obra “O Senhor dos Anéis”? R: JRR Tolkien
Quem é o autor da obra “Drácula”? R: Bram Stoker
O verdadeiro nome de Lord Voldemort é... R: Tom Marvolo Riddle
Qual é o feitiço para apagar a memória?  R: Obliviate
Jason Voorhees é o personagem central de qual série de filmes de terror? R: Sexta Feira 13
Onde o vilão Freddy Krueger, da série de filmes "A Hora do Pesadelo", mata suas vítimas? R: Nos pesadelos
Charles Lee Ray era um assassino diferente, preso em um corpo de plástico que tenta fazer um ritual e tomar o corpo de um garoto. Qual o nome do filme a que ele pertence? R: Brinquedo Assassino.
Qual é o filme de terror mais lucrativo de todos os tempos? R: Exorcista
Em qual filme famoso de terror uma loira morre enquanto toma banho? R: Psicose
Como se chama a amiga semideusa de Percy e de que deus(a) ela é filha? R: Annabeth, filha de Atena
Quem dá de presenta a Harry a Nimbus 2000? R: Minerva McGonagall
O melhor amigo de Percy Jackson é um... R: sátiro
Qual é o nome do padrasto do Percy? R: Gabe
Que deus é Ares? R: Deus da guerra
Quais eram os filhos de Cronos? R: Poseidon, Zeus e Hades

Essas são perguntas baseadas nas preferências dos alunos da primeira oficina realizada por mim.  

Depois de sacudir as perguntas bem dobradas dentro de uma só sacola, peça aos alunos para tirar um de cada vez. Você deve abrir o papel, fazer a pergunta e mostrar a resposta a todos após ser respondida. Quem acertar mais no fim da brincadeira leva um prêmio.

terça-feira, julho 23, 2013

Sexto Encontro - Aprimorando a Escrita II


Sugestão de planejamento:

- Dicas de como compor uma redação.
- Exercícios de desenvolvimento de temas.

  • Dicas para o desenvolvimento de redações

Escrever bem não é fácil. Eu mesma não me sinto apta para ensinar algo que sequer domino, mas com interesse e persistência encontrei algumas regrinhas e sugestões que podem ajudar no polimento de nossa escrita. Confira algumas delas:

1. Repare na seguinte frase: "Não sei bem o que dizer da especialização precoce dos jovens, mas a eliminação do juvenil do Corinthians foi também muito precoce no campeonato!".

Está aí um bom exemplo de bola fora. Comece sua redação lendo com atenção todos os elementos que o examinador apresentou para você utilizar. Procure ver se realmente entendeu o que se pede. Pense num caminho, faça um esquema se preferir, e veja se você não está forçando, inventando algo fora do contexto. Sim, porque conta demais o fato de você escrever dentro ou fora do tema pedido. Já pensou se acharem que você fugiu do assunto? ...É zzzzzzzero!

2. "Esse tipo de gente merece ser exterminado".

Radical demais, não parece? É até grosseiro. Nas dissertações, como recomendação geral, evite os riscos desnecessários de posições extremistas. Vale a pena procurar desenvolver um texto equilibrado, mostrando as coisas de forma ampla e assumindo posições sem partidarismos extremos.

3. "De uma perspectiva pedagógica e heuristicamente viesada o numerário foi ínfimo.".

Pois é. Veja aí que escrever com clareza é muito importante. Os outros devem entender o que você escreveu (especialmente os examinadores). Não use palavras que você acha bonitas, mas não entende o que significam. Aliás, a frase acima não é apenas complexa - apesar de usar termos que existem, ela é desprovida de sentido. Um pequeno truque: procure colocar-se no lugar do leitor, ele entenderia seu argumento?

4. "Fazem muitos anos que eu queria isso. Se ela quizer deixar isso para mim fazer, a muito tempo estou afins".

Evite erros básicos (um exercício: corrija os vários erros que estão na frase entre aspas). Fuja de palavras de grafia duvidosa para você. Use só termos que você conhece. Respeite a gramática e as regras de grafia. Isso pega bem.

5. "Ele deu um pum fedido pacas. Foi aquele auê!".

Gostou disso? E o examinador também iria gostar? Hoje, a linguagem parece que "liberou geral" - como costuma-se dizer. Será que entramos na era do vale-tudo? Cuidado! Esse território é perigoso. Sugerimos que deixe a "franqueza" vocabular para lançar alguma nova versão de "sabão crá-crá". Aí, pode deitar e rolar - o público irá agradecer, se você for bem-sucedido. Agora, no vestibular, cuide-se. Evite grosserias na sua redação. Não é só você que tem mãe, irmã etc. Os examinadores também têm e nem todos são apaixonados pelo "exótico".

6. Ahx xvdf jkkl ...gf gdfg 34tggg

Nem precisava ser dito, mas limpeza conta. Procure manter uma letra razoável. Nada de emporcalhar a folha. É o mínimo para seu cuidado com o conteúdo e para a qualidade do texto não desaparecer no meio de rabiscos.

No livro, técnica de redação, há um exemplo de alguns detalhes que devemos atentar na hora de planejar o texto:

• Quais os objetivos do texto; O que você quer ao escrever?
• Qual é o assunto em linhas gerais; Sobre o que vai escrever?
• Qual o gênero mais adequado aos objetivos; Qual a melhor forma de se fazer entender?
• Quem provavelmente vai ler;
• Que nível de linguagem deve ser utilizado;
• Quais as condições práticas de produção: tempo, apresentação, formato. (GARCEZ, 2001, p,15)

Ainda nesse livro, há algumas considerações sobre o ato de escrever. São elas:

• Fazer uma lista de palavras-chave;
• Anotar tudo o que vem à mente, desordenadamente, para depois cortar e ordenar;
• Escrever a ideia principal e as secundárias em frases isoladas para depois interligá-las;
• Construir um primeiro parágrafo para desbloquear e depois ir desenvolvendo as ideias ali expostas. (GARCEZ, 2001, p. 17)

A dissertação, ou texto dissertativo, é a redação que tem por objetivo expressar uma opinião, um ponto de vista em relação a um determinado assunto. O objetivo desse texto é convencer, persuadir o leitor a concordar com sua tese. Para isso, são usados argumentos, que podem se apoiar em dados, fatos ou ideias. Na dissertação, não escreva períodos muito longos nem muitos curtos. Não use expressões como “eu acho”, “eu penso” ou “quem sabe”, que mostram dúvidas em seus argumentos.

Não fuja NUNCA do tema. É importante que, em uma dissertação, sejam apresentados e discutidos fatos, dados e pontos de vista acerca da questão proposta. A postura mais adequada para se dissertar é escrever impessoalmente, ou seja, deve-se evitar a utilização da primeira pessoa do singular.

Na narração, uma boa caracterização de personagens não pode levar em consideração apenas aspectos físicos. Elas têm de ser pensadas como representações de pessoas, e por isso sua caracterização é bem mais complexa, devendo levar em conta também aspectos psicológicos de tipos humanos.

A letra de forma deve ser evitada, pois dificulta a distinção entre maiúsculas e minúsculas. Uma boa grafia e limpeza são fundamentais. Na narração, há a necessidade de caracterizar e desenvolver os seguintes elementos: narrador, personagem, enredo, cenário e tempo.


  • Exercícios de desenvolvimento de temas.

Mantendo em mente as dicas dadas hoje, construa uma redação de no mínimo 15 e no máximo 20 linhas. 

Exemplo de temas: 
  1. Um clamor nacional, Revolta dos R$0,20. (Sobre as reivindicações do povo brasileiro).
  2. Nova Guerra Mundial. (Sobre a tensão entre a Coreia e os Estados Unidos).
  3. Preconceito à Leitura.
  4. Defendendo um Gênero.


Quinto Encontro - Aprimorando a escrita I


Sugestão de planejamento:

- Dicas para escrever melhor.
- Exercícios de desenvolvimento da escrita.

  • As melhores dicas para não escrever errado! (cartaz)
  1. Deve evitar ao máx. a utiliz. de abrev., etc.
  2. não esqueça as maiúsculas no inicio das frases.
  3. O uso de parêntesis (mesmo quando for relevante) é desnecessário.
  4. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.
  5. Evite o emprego de gíria. Ninguém merece isso, né Mano?
  6. Nunca use palavras de baixo calão, po$%&! Sempre dá me$#&.
  7. Nunca generalize: generalizar é um erro em todas as situações.
  8. Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.
  9. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: “Quem cita os outros não tem ideias próprias”.
  10. Frases incompletas podem causar
  11. Seja mais ou menos específico.
  12. Frases com apenas uma palavra? Jamais!
  13. Utilize a pontuação corretamente o ponto e a vírgula especialmente será que ninguém mais sabe utilizar o ponto de interrogação
  14. Quem precisa de perguntas retóricas?
  15. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.
  16. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação.
  17. Evite mesóclises. Repita comigo: “mesóclises: evitá-las-ei!”
  18. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.
  19. Não abuse das exclamações! Nunca! O seu texto fica horrível!
  20. Cuidado com a hortografia, para não açaçiná a língúa portuguêza.
  21. Seja incisivo e coerente, ou não.
  22. Não fique escrevendo no gerúndio. Você vai estar deixando seu texto pobre e estar causando ambiguidade – e esquisito, vai estar ficando com a sensação de que as coisas ainda estão acontecendo.
  23. Outra barbaridade que tu deves evitar é usar muitas expressões que acabem por denunciar a região onde tu moras, carajo!
  24. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão ninguém irá aguentar, já que é insuportável o mesmo final escutar o tempo todo sem parar.
Outras dicas (que podem ser lidas e exemplificadas, anotando quem tem interesse) são:

  1. NÃO ESCREVER TEXTOS APENAS COM LETRAS MAIÚSCULAS, COMO ESTE. Elas cansam o leitor e alguns têm dificuldades para ler tais textos.
  2. Não colocar um espaço antes de uma pontuação (vírgula, ponto-e-vírgula, ponto final,...).
  3. Sempre colocar um espaço depois de uma pontuação.
  4. No início de uma frase e depois de um ponto final, a palavra deve ser grafada com letra inicial maiúscula.
  5. Nomes próprios devem ser escritos com inicial maiúscula. 
  6. O papel mais elementar da vírgula é o de separador, isto é, a vírgula é usada para separar objetos em uma lista. Também pode ser usada para inserir algum texto explicativo ou de outra natureza, fazendo um papel parecido com o dos parênteses. Nesta função, sempre há um par de vírgulas: uma no começo da inserção e outra no final (como no caso dos parênteses).
  7. Erro grave muito difundido: separar o sujeito do verbo. Mas, é correto: Todos os dias João, o vizinho da Maria, ia correr pelos campos. Um erro muito frequente é usar uma vírgula separando o sujeito do verbo. Por exemplo: Carlos sempre apressado, acabou escorregando e caindo. O certo é: Carlos sempre apressado acabou escorregando e caindo.
  8. Redundância, ou tautologia, consiste na repetição de uma ideia, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido. Deve ser evitada. O pleonasmo é uma figura de linguagem, e consiste no emprego redundante de palavras, ou por um vício ou para enfatizar a expressão. Deve ser evitado exceto se for usado para reforçar o que se pretende dizer. Exemplos que devem ser evitados, por serem redundância que nada acrescentam:
acabamento final (se é acabamento, é final); 
amanhecer o dia (você já viu amanhecer a noite?); 
anexo junto a esta carta (você conseguiria anexar separadamente?);
comparecer pessoalmente (você já viu alguém comparecer por correspondência?);
conviver junto (você pode imaginar duas pessoas convivendo separadamente?);
copo mais cheio do que outro (ou está cheio ou não está);
criação nova (se não é nova, não pode ser criação.);
descer para baixo ( gostaria de ver alguém descendo para cima.);
detalhes minuciosos (se não são minuciosos não são detalhes.);
dividir em duas metades iguais (basta dizer duas metades; se não forem iguais não serão metades.) ;
elo de ligação (elo só pode ser de ligação);
empréstimo temporário (bem que muitos gostariam de um empréstimo permanente!);
encarar de frente (só se tiver um olho na nuca para poder encarar de trás.) ;
entrar para dentro (como seria entrar para fora?); 
fato real (se é fato, é real); 
gritar alto (gritar baixinho deve ser difícil); 
há anos atrás ('há anos' já indica passado.);
monocultura exclusiva de ... (se é monocultura, tem de ser exclusiva); 
multidão de pessoas (você já viu uma multidão de gatos?); 
subir para cima (poderia ser para baixo?); 
surpresa inesperada (se for esperada, não será surpresa);
vereador da cidade (vereador tem de ser de uma cidade).

Sobre acentuação e grafia:

  1. Evite escrever sentenças longas. Sentenças longas e com pontuação deficiente trazem obscuridade e desconforto aos leitores. 
  2. Lembre-se que todas as palavras proparoxítonas devem receber acento gráfico. Exemplos: matemática, próximo, autêntico, América, capítulo.
  3. São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em a, e ou o, seguidas ou não de 's'. Exemplos: araçá, jacás, vatapá, sapé, cafuné, picolés, vovó, cipó, mocotós, Petrobrás.
    Também recebem acento gráfico as palavras oxítonas terminadas em em ou ens (se tiverem duas ou mais sílabas). Exemplos: porém, também, parabéns.
  4. Recebem acento gráfico as palavras paroxítonas terminadas em i, is, us, um, uns. Exemplos: júri, táxi, tênis, grátis, Vênus, vírus, álbum, médium, álbuns, médiuns. Também devem receber acento gráfico as palavras paroxítonas terminadas em r, x, n, l. Para guardar estas letras, lembre-se da palavra rouxinol. Exemplos: ágil, fácil, éden, hífen, açúcar, caráter, fênix, tórax. Como última regrinha que selecionamos, temos aquela que diz que recebem acento gráfico as palavras paroxítonas terminadas em ância, ência, ôncio. Exemplos: elegância, tolerância, influência, resistência, estrôncio.
  5. Duas palavras são homógrafas-heterofônicas quando têm a mesma (homo) grafia, mas pronúncia (fonia) diferente (hetero). Exemplos:
peso (substantivo, pronuncia-se 'pêso') 
e peso (do verbo pesar, pronuncia-se 'péso');
força (substantivo, pronuncia-se 'fôrça') 
e força (do verbo forçar, pronuncia-se 'fórça');
dele (pronome, pronuncia-se 'dêle') 
e dele (do verbo delir, pronuncia-se 'déle');
modelo (substantivo, pronuncia-se 'modêlo') 
e modelo (do verbo modelar, pronuncia-se 'modélo');
deste (pronome, pronuncia-se 'dêste') 
e deste (do verbo dar, pronuncia-se 'déste').

Há muito tempo que não mais se acentuam graficamente esse tipo de palavras. Uma das raras exceções é 'pode' (presente do indicativo do verbo poder, pronuncia-se 'póde') e 'pôde' (pretérito perfeito do mesmo verbo, pronuncia-se 'pôde').

Sobre grafia:

Devemos empregar "ss" em todos os substantivos derivados de verbos terminados em "gredir", "mitir", "ceder" e "cutir".
Exemplos: AGREDIR / AGRESSÃO – ADMITIR / ADMISSÃO – CEDER / CESSÃO – DISCUTIR / DISCUSSÃO
Devemos empregar "s" em todos os substantivos derivados de verbos terminados em "ender", "verter" e "pelir".
Exemplos: APREENDER / APREENSÃO – VERTER / VERSÃO – EXPELIR / EXPULSÃO
Devemos empregar "ç" em todos os substantivos derivados dos verbos "TER" e "TORCER", mais seus derivados.
Exemplos: ABSTER / ABSTENÇÃO – DETER / DETENÇÃO

Veja alguns exercícios.

1- Escreva um fim diferente para seu seriado, filme, novela ou livro favorito.

2- Escolha um personagem principal de terminado seriado, filme, novela ou livro e coloque em outro seriado, filme, novela ou livro.

3- Escolha 2 familiares e escreva uma breve descrição deles. Faça o mesmo com 2 vizinhos mesmo que você não os conheça e no caso dos vizinhos, você pode inventar a história, por exemplo, que um deles é terrorista.

4- Pegue sua revista ou jornal do dia e escolha um assunto que lhe chame a atenção e escreva um curta história sobre ele.

5- Imagine que você acordou, mas estava em pé ao lado do seu corpo na sua cama. Você tocou no seu pulso e tinha pulsação e respirava normalmente, ou seja, você está vivo. Desenvolva....

quarta-feira, julho 17, 2013

Faroeste do Olimpo


Hades tem um novo plano para acabar com Percy Jackson. 
Com ódio no olhar ele diz: Você perdeu a sua vida, meu sobrinho!
Com uma convocação, surge das trevas Jason com sua serra sanguinária. Ele parte pra cima de Percy que invoca as águas de um galão e começa a se defender. Mas Jason se mostra mais forte que seu oponente, que percebe não ser capaz de vencer sozinho.
Quando a cabeça de Percy está quase sendo arrancada, surge do além, enviado por Poseidon, o sinistro Dean Winchester com uma pistola e diz: 
- Jason, eu sou homem coisa que você não é e não atiro pelas costas não. Olha pra cá seu assassino sem vergonha. Dá uma olhada no meu sangue, vem sentir o teu perdão.
Dean dá 5 tiros em Jason e morre depois. Todos passam a dizer que Dean é santo porque sabe morrer.

FIM

Conto coletivo criado pelas alunas Rayana Barroso, Tatiana Oliveira, Fabrine Fontinelle e Fernanda Medeiros no quinto encontro da oficina, onde tiveram que juntar num mesmo texto seus personagens favoritos: Percy Jackson, Jason, Dean Winchester e Renato Russo. (Apesar do último ser uma personalidade real, a aluna fez questão de inclui-lo, já que tornou-se um personagem também das telas do cinema).

segunda-feira, julho 15, 2013

Quarto Encontro - Somos todos diferentes


Sugestão de planejamento:

- Debate aberto sobre gêneros, nacionalidade e realidade na Literatura. 
- Resenha dos contos como exercícios de aperfeiçoamento.
- Dinâmica das diferenças
- Dinâmica do Medo aos Desafios


  • Debate aberto
Com antecedência, peça que os alunos tragam um dos seus livros preferidos a esse encontro. Junte os alunos que se identifiquem pelo mesmo gênero literário. Comece o debate explicando qual o seu gênero favorito e porque ele se destaca dos demais. Anime cada um a falar um pouco sobre suas preferencias. 

  • Dinâmica das diferenças
Atividade: Cada participante deve receber um papel e uma caneta. O orientador deve falar para todos iniciarem um desenho de acordo com que ele falar. A única regra é que a ponta da caneta não deve sair do papel. Então o orientador deve falar para todos desenharem uma boca, em seguida um nariz, dois olhos... até completar um rosto. Ao final todos devem apresentar seus desenhos.

A discussão deve refletir sobre como tantos desenhos diferentes surgiram de uma mesma orientação, percebendo que cada um tem uma visão de mundo diferente, que deve ser entendida e respeitada.

  • Resenha
Anime a elaboração de resenhas dos contos sugeridos no encontro anterior ou dos próprios livros trazidos pelos alunos. Lembre-se de se basear nas questões levantadas no encontro sobre resenhas.

  • Dinâmica Medo de Desafios
Material: caixa, chocolate e aparelho de som (MP3 ou celular).

Procedimento:

Encha a caixa com jornal para que não se perceba o que tem dentro. Coloque no fundo o chocolate e um bilhete: COMA O CHOCOLATE! Pede-se a turma que faça um círculo. O coordenador segura a caixa e explica o seguinte pra turma: _Estão vendo esta caixa? Dentro dela existe uma ordem a ser cumprida, vamos brincar de batata quente com ela, e aquele que ficar com a caixa terá que cumprir a tarefa sem reclamar. Independente do que seja... Ninguém vai poder ajudar, o desafio deve ser cumprido apenas por quem ficar com a caixa (é importante assustar a turma para que eles sintam medo da caixa, dizendo que pode ser uma tarefa extremamente difícil ou vergonhosa).

Começa a brincadeira, com a música ligada, devem ir passando a caixa de um para o outro. Quando a música for interrompida (o coordenador deve estar de costas para o grupo para não ver com quem está a caixa) aquele que ficou com a caixa terá que cumprir a tarefa...É importante que o coordenador faça comentários do tipo: Você está preparado? Se não tiver coragem... Depois de muito suspense quando finalmente o jovem abre a caixa encontra a gostosa surpresa. (O jovem não pode repartir o presente com ninguém).

Objetivos: O objetivo desta brincadeira é mostrar como somos covardes diante de situações que possam representar perigo ou vergonha. Devemos aprender que em Deus podemos superar todos os desafios que são colocados a nossa frente, por mais que pareça tudo tão desesperador, o final pode ser uma feliz notícia.
Aluna que ganhou o chocolate

sexta-feira, julho 12, 2013

A Bela Batata Frita Adormecida


Era uma vez uma princesa chamada Batata Frita que vivia sempre com uma tesoura na mão e adorava pisar na grama. Um dia ela foi dar uma volta de bicicleta no bosque. Ela passou por uma favela, onde viu um cara perder uma orelha. Batata Frita achou um pendrive no chão. 

Ao tocá-lo, ela desmaiou, caiu em cima de um papelão e ali ficou por 100 anos. Só então apareceu um príncipe com uma mochila nas costas e a despertou com um beijo. Em sua mochila tinha um chocolate e ele ofereceu à princesa Batata Frita que usava um vestido com um grande decote

FIM

Criação de Rayana Barroso, Anna Soares e Tatiana Oliveira (com colaboração de Marina Meireles) no 4º Encontro da oficina, onde tiveram que mesclar o conto de A Bela Adormecida com as palavras: batata frita, tesoura, grama, chocolate, bicicleta, favela, orelha, pendrive, papelão, mochila e decote.

quarta-feira, julho 10, 2013

Terceiro Encontro - Vamos resenhar?

Sugestão de planejamento:

- O que é resenhar?
- Maneiras de interpretação.
- Exercício de leitura (de contos ou de escolha livre dos exemplares expostos) para interpretação.
- Atividade de descontração: SOM NAS HISTÓRIAS


  • O que é resenhar?
Resenha é uma produção textual, por meio da qual o autor faz uma breve apreciação, e uma descrição a respeito de acontecimentos culturais ou de obras, com o objetivo de uma apresentação de forma sintetizada, apontando, guiando e convidando o leitor a conhecer tal objeto na integra, ou não (resenha crítica).

Uma resenha deve conter uma análise e um julgamento.

Uma resenha pode ser:

* Descritiva – É o caso dos resumos de livros técnicos, também chamada de resenha técnica ou cientifica. A apreciação, ou o julgamento em uma resenha descritiva julga as ideias do autor, a consistência e a pertinência de suas colocações, ao longo da descrição da obra, ou seja, trata-se de um julgamento de verdade.

* Crítica ou opinativa – Nesse tipo de resenha o conteúdo apresentado é um pouco mais detalhado do que na resenha descritiva, pois os critérios de julgamento são de valor, de beleza da forma, estilo do objeto (acontecimento ou obra). A exploração um pouco maior dos detalhes ocorre devido à necessidade de que o autor da resenha fundamente suas críticas, sejam elas positivas ou negativas, utilizando outros autores que trabalharam o mesmo tema.

Sugestões para iniciativa:

Pense num livro que gosta muito. Caracterize, com três adjetivos, a personagem que mais lhe chamou a atenção: traços físicos e psicológicos da personagem central. Agora, tenha em mente as seguintes perguntas: 
  1. O enredo apresenta organicidade (inicio – meio – fim) ou trata de episódios mais ou menos pre-existentes para formar sua base?
  2. Qual o clímax? 
  3. Qual a intenção do (a) autor (a) com o desfecho escolhido?
  4. Qual é o tipo de ambiente predominante: físico (a natureza, o campo, a cidade) ou social (algum agrupamento social específico, alguma parcela da comunidade, fábrica, colégio, clube, família)?
  5. Encontrou descrições interessantes? Em caso positivo, transcreva a que mais lhe agradou.
  6. A narração é feita na 1ª ou 3ª pessoa? Em ambos os casos, qual a importância para a repercussão no leitor?
  7. Qual a mensagem que você descobriu na obra? Em que sentido a mensagem da obra contribuiu para o enriquecimento cultural de sua personalidade?
  8. Provocou-lhe reflexões ou foi um simples passatempo?
  9. Acha que valeu a pena ler a obra? Por quê?
  10. Qual o tema especifico de que trata?
  11. Tem valor ainda para nosso tempo?
  • Atividade de descontração
SOM NAS HISTÓRIAS (em cartaz)

O mediador deve narrar a história após explicar que cada aluno deve emitir o som em negrito dentro dos parenteses. Vá animando a participação de todos até que todos estejam se divertindo.

Era uma vez, há muito tempo atrás (tic-tac), um belo príncipe (uau), que queria se casar com uma princesa muito apaixonada (som de beijo).

Um dia o belo príncipe (uau), subiu em seu cavalo Alazão (som de cavalo, batendo no peito ou com os pés) e foi ao encontro da princesa apaixonada (som de beijo).

De repente, no meio do caminho, o belo príncipe (uau), se depara com um enorme leão (som do rugido de um leão). O enorme leão (som do rugido) resolveu atacar o belo príncipe (uau) e o belo príncipe (uau) pegou sua espada (XIP, XIP) e assustou o enorme leão (som de rugido), que saiu correndo de medo.

O belo príncipe (uau) continuou em seu caminho quando de repente a chuva (chuá) começou a cair. Um pingo (bater com um dedo na palma da mão, e cada vez que for aumentando os pingos bater com 2, 3, 4 até bater palmas e aumentar o ritmo, formando grande chuva), dois pingos, três pingos, até formar uma enorme chuva (chuá).

O Belo príncipe (uau) teve que buscar um abrigo para se proteger da chuva (chuá) e esperar até o outro dia. No outro dia, o Belo príncipe (uau) continuou em seu caminho, chegando ao lindo castelo da princesa apaixonada (som de beijo).

Depois de algum tempo (tic-tac), o Belo príncipe (uau), que havia assustado o enorme leão (som de rugido), com sua espada (XIP, XIP) e se escondido da chuva (chuá) pediu a Princesa apaixonada (som de beijo) em casamento, casaram-se (música – até que enfim, até que enfim...) e viveram felizes para sempre.

TEXTO: KLEITON LINHARES

Um Sonho a Mais - Garanta o seu exemplar!

Que tal aproveitar o clima da Oficina e adquirir um romance nacional atual?

Escrito em 2009, tudo o que eu desejava era levar até o fim um sonho antigo, nascido entre as aventuras de Pedro Bandeira na biblioteca da escola onde me formei. Graças a Deus, o livro tem chegado aos leitores mais variados e agora pode chegar até você também.

Geralmente, meus livros só se encontram à venda no site da editora. Mas nesse mês de julho encomendei alguns exemplares para os encontros da Oficina e pude separar alguns (muito pouco mesmo) para oferecer aos que acessam meus Blogs e redes sociais.

Quem não conhece o livro, confira a sinopse:

 
Um Sonho a Mais
Autora: Nanda Meireles
2º Edição - 2013
PerSe
Páginas: 160
Adicione o livro no SKOOB
Sinopse: 
"Fabiana Andrade é uma jovem estudante de 17 anos com um único objetivo, passar no vestibular. 

Criada pela mãe costureira e abandonada pelo pai ainda muito pequena sentiu na pele as dificuldades de uma vida sem planejamento. 

Determinada, tem um sonho: fazer uma boa faculdade, abrir sua própria rede nacional de papelarias e dar a sua batalhadora mãe um bom descanso e uma digna recompensa por todo amor e cuidados dados a sua única filha. 

Um relacionamento era tudo o que ela não precisava, mas o destino lhe prega uma peça. Um antigo e apaixonado amigo é forçado a deixá-la. Uma nova e forte amizade se inicia. 

E um inesperado e arrebatador amor a encontra. Muita coisa acontece antes de Fabi entender a força e veracidade daquele amor. 

Confusões, intrigas, ciúmes, surpresas e decepções fazem de 'Um sonho a mais' uma leitura divertida e viciante."






Os interessados em adquirir o livro ainda levarão de brinde um marcador bem diferente que chamo de Mister Monstrengo.

O valor de tudo é de R$30,00 já com o frete incluído.

Deseja garantir o seu? Então, por favor, entre em contato pelo e-mail:
leiammeulivro@gmail.com que passo os dados para depósito.

Após confirmação da transição, o livro será postado em no máximo três dias.

Aproveitem a oportunidade, pois a promoção é válida até acabarem as unidades que estão aqui. E repito: são muito poucas!

terça-feira, julho 09, 2013

Segundo Encontro - O que é um conto?

Sugestão de planejamento:

- Definição.
- Leitura em voz alta de um conto de Cléo Busatto.
- Interpretação do conto e sugestão de contos mais longos.
- Curiosidade sobre os irmãos Grimm.
- Atividade: Criação de um conto coletivo.

  • O que é um conto? 
O conto é uma obra de ficção, um texto ficcional. Cria um universo de seres e acontecimentos de fantasia ou imaginação. Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador, personagens, ponto de vista e enredo.

Classicamente, diz-se que o conto se define pela sua pequena extensão. Mais curto que a novela ou o romance, o conto tem uma estrutura fechada, desenvolve uma história e tem apenas um clímax. Num romance, a trama desdobra-se em conflitos secundários, o que não acontece com o conto. Por outro lado, o conto é um gênero literário que apresenta uma grande flexibilidade, podendo se aproximar da poesia e da crônica. 

O primeiro passo para a compreensão de um conto é fazer uma leitura corrida do texto, do começo ao fim. Através dela verificamos a extensão do conto, a quantidade de parágrafos, as linhas gerais da história, a linguagem empregada pelo autor. Enfim, pegamos a ideia do texto.

Podemos perguntar também: 
Quem é o autor do texto? 
Seja na internet, numa enciclopédia ou mesmo nos livros didáticos, é bom fazer uma pesquisa sobre o autor do conto, conhecer um pouco sua biografia. É um autor contemporâneo ou mais antigo? É um autor brasileiro ou estrangeiro?

O conto quase nunca é publicado isoladamente. Geralmente ele faz parte de uma obra maior. Por exemplo, o conto "Uma Galinha", de Clarice Lispector, faz parte do livro "Laços de Família".

Depois dessas primeiras informações, podemos fazer uma leitura mais atenta do conto: observar vocábulos e expressões desconhecidas, esclarecer suposições e referências contidas no texto. Também podemos pensar no título do conto. Porque o autor escolheu este título? Este esforço de compreensão qualifica - e muito - a leitura. Torna o leitor mais sensível, mais esperto.

O passo seguinte é fazer a análise do texto. No momento da análise o leitor tem contato com as estruturas da obra, com a sua composição, com a sua organização interna. Para analisar o texto, é bom observar alguns aspectos da sua composição. Algumas perguntas são muito importantes: 
Quem? 
O quê? 
Quando? 
Onde?
Como?
Formular as perguntas e obter as respostas ajuda a conhecer o conto por dentro:

Quais são os personagens principais?
O que acontece na história?
Em que tempo e em que lugar se passa a história narrada?
E algo bem importante: Quem narra? De que jeito? O narrador conta de fora ou ele também é um dos personagens?

Depois dessa análise, fica mais fácil interpretar a obra. Já temos uma base para comentar, comparar, atribuir valor, julgar. Nossa leitura está mais fundamentada. Fica mais fácil responder à pergunta: 

O que você achou do conto?

Classificação de contos minimalistas

Miniconto, ou microconto, ou nanoconto, é uma espécie de conto muito pequeno, produção esta que tem sido associada ao minimalismo.
O guatemalteco Augusto Monterroso é apontado como autor do mais famoso miniconto, escrito com apenas trinta e sete letras:

Quando acordou o dinossauro ainda estava lá

Assim como o estadunidense Ernest Hemingway é autor de outro famoso miniconto. Com apenas vinte e seis letras, mas por trás das quais há toda uma história de tragédia familiar:

Vende-se: sapatos de bebê, sem uso.

O número de letras é importante mas não rígido, normalmente sendo atribuído pelos autores ou organizadores de determinada antologia, e naturalmente divulgados na mesma.
Numa regra geral, a classificação dos contos curtos é feita entro do seguinte padrão:

Nanocontos: Narrativa em até 50 caracteres;
Microcontos: Narrativa entre 50 e 140 caracteres,
Minicontos: Narrativa feita em até 300 palavras.

  • Conto a ser lido em voz alta: 
Dona Cotinha, Tom e Gato Joca, de Cléo Busatto. 
(Reproduzido em cartaz ou papel pardo) 

Em frente a minha casa tem outra casa, pequena, de madeira, azul com janelas brancas. Está no fim de um terreno enorme com muitas árvores. Para mim aquilo é o que chamam de floresta. Tom diz que é um quintal. Ali mora dona Cotinha, uma velhinha que tem cabelos lilás e dirige um Fusquinha vermelho. Esse passou a ser meu esconderijo. Dona Cotinha sempre aparece com um prato de comida. Diz:
- Vem, gatinho. Olha só o que eu trouxe para você.
Sou premiado com sardinha fresca, atum, macarrão. Tenho engordado além da conta. Dia desses estava tomando sol e ouvi o Tom me chamar. O danado sentiu meu cheiro e descobriu meu segredo. Ele estava no portão quando chegou dona Cotinha, no seu Fusquinha.
- Bom dia, menino – disse ela. Já que está em frente à minha casa, faça uma gentileza e abra o portão.
Tom obedeceu. Dona Cotinha afagou minha cabeça e perguntou:
- Este gatinho é seu?
- Sim, senhora.
- Ele é muito educado.
- Obrigado – disse eu, na minha voz de gato.
- No primeiro dia que o vi por aqui, ele entrou na casa e cheirou tudo. Agora, sempre deixo uma comidinha para ele!
- Ah! Mas o Joca não come comida de gente, não, senhora. Só come ração – disse o Tom.
- Come, sim, meu filho. E come de tudo.
Dona Cotinha acabava de denunciar minha gula e o aumento de peso. Continuou:
- Passe aqui no fim da tarde. Faço um bolo de fubá com cobertura de chocolate que é de dar água na boca.
Com água na boca fiquei eu. Naquela tarde voltamos à casa de dona Cotinha. Ela foi logo mostrando pro Tom uma coleção de carrinhos antigos. Era do filho dela, que morreu bem pequeno. Depois nos levou para uma sala repleta de livros. Tom ficou de boca aberta e perguntou:
- A senhora já leu todos esses livros?
- Praticamente todos. Ler foi minha diversão, meu bom vício. Infelizmente meus olhos não ajudam mais. Essa pilha que você está vendo aqui ainda nem foi tocada.
Tom começou a ler em voz alta, e sua voz encheu a sala de seres fantásticos. O tempo parou.
Desse dia em diante, à tardinha, eu e Tom tínhamos uma missão. Abrir os livros de dona Cotinha e deixar os personagens passearem pela casa mágica, no meio da floresta da cidade de pedra. 


Fim.

OBS: Abra um diálogo seguindo como orientação as perguntas para interpretação expostas no início do Post. Sugerir e incentivar que os participantes adquiram na secretária uma pequena seleção de contos que serão interpretados no decorrer da Oficina. Baixe essa seleção aqui.

  • Curiosidade sobre os Irmãos Grimm: (a serem lidas) 
Em dezembro de 1812, os irmãos Jacob (1785-1863) e Wilhelm Grimm (1786-1859) publicaram a primeira versão de Contos maravilhosos infantis e domésticos. Em 86 narrativas, desfilavam princesas, reis, bruxas, animais falantes, duendes e outras criaturas fantásticas.

Colhidos no estado de Hessen, onde os irmãos nasceram, esses primeiros relatos traziam a magia, o humor e o encantamento típicos dos contos de fadas, mas também doses espantosas de crueldade, violência e pulsão sexual.

A intenção da dupla era criar um registro que ajudasse a preservar a tradição alemã e, por isso, procurava manter intacto o cerne de cada relato. No entanto, o sucesso que o livro acabou alcançando entre as crianças fez com que os irmãos passassem a adequar as narrativas ao público infantil nas várias edições que vieram em seguida.

Algumas curiosidades dos contos originais:

Branca de neve – A rainha má é a mãe dela, não a madrasta. Quem acaba com o feitiço não é um beijo, mas um servo irritado que foi obrigado a levar o caixão da Branca pra cima e pra baixo a pedido do príncipe. O servo dá um tapa com raiva nas costas dela e um pedaço da maça em sua garganta voa longe. Sua mãe má é obrigada a dançar com sapatos em brasas até morrer.

Rapunzel – O príncipe sobre a torre toda noite, a fada só descobre quando Rapunzel engravida. Ela é punida com o corte de sua trança e é mandada ao deserto, onde tem gêmeos.

Cinderela – A moça perde seu sapato em uma poça de piche feita a mando o do príncipe que queria prende-la no castelo. As irmãs postiças dela chegam a cortar pedaços dos pés e quase enganam o moço cego de amor.

Site com outras curiosidades: http://conversacult.blogspot.com.br/search/label/a%20verdade%20por%20tr%C3%A1s%20dos%20contos%20de%20fadas

  • Atividade: Criação de um conto coletivo. 
Confira o miniconto criado pelas alunas da primeira Oficina:

Sugestão de arte para a sala da Oficina:

Flores de cartolina. 

Cartolinas coloridas. Desenhe um espiral de no mínimo 4 voltas. Corte-o, enrole para dentro as bordas (dando a impressão da grossura da pétala). Enrole-o e cole com alguns pingos de cola quente. Essa flor é ideal para colar no centro de uma flor maior, com pétalas do tamanho de uma página de revista.

Flores de revista.

Utilizando o molde da pétala inicial, corte sete pétalas de papel. De uma dobrada suave no meio da base e outras duas dobradas, fazendo 3 marcas que devem ser unidas como uma sanfona. Vai colando uma na outra. Depois cole um botão no meio.

FOTO: em breve...

sexta-feira, julho 05, 2013

Miniconto criado dentro da oficina: A Rebelião dos Felinos

Numa tarde chuvosa, sem nada para fazer, fui ao sótão e esbarrei num livro. Decidi abri-lo e descobri que era um diário de uma bruxa. Vi uma foto de uma menina morena muito bonita. Seu nome era Evie.
Essa foto marcava o dia 22 de agosto de 1943.
Recordei-me que nesta data havia acontecido uma coisa que mudou a história. Foi quando ocorreu a rebelião onde nós, os gatos, dominamos o mundo.
Lendo o diário, descobri que quem nos liderava durante a rebelião era a pequena Evie. Meus avós nunca me contaram isso.
Depois do dia datado na foto não havia mais nada no diário. Fiquei curioso e pesquisei na CATnet. Descobri que Evie havia morrido neste mesmo dia e até hoje ninguém sabe o que aconteceu com a menina.

Criado por Rayana Barroso, Anna Soares e Tatiana Oliveira. 



quinta-feira, julho 04, 2013

Primeiro Encontro - Os benefícios da leitura

Sugestão de planejamento:

- Apresentação.
- Diálogo sobre o porquê, como, quando e onde ler.
- Atividade: Palavras na história.

  • Monte cartazes sobre os benefícios da leitura.
Quem tem o hábito de ler:
Aprende com mais facilidade; pronuncia melhor as palavras; comunica-se com mais desenvoltura, desenvolve a criatividade e adquire cultura.

Dicas para ler mais:
·         Deixe sempre um livro à mão; dedique ao menos 15 minutos de leitura diários; evite ler com TV ligada; escolha um lugar de leitura aconchegante; evite ler muito tarde, o cansaço e o relaxamento da leitura podem te dar sono; frequente livrarias e bibliotecas; Não deixe a falta de recurso se tornar uma barreira, procure e se familiarize com as diversas bibliotecas virtuais gratuitas, leia diferentes gêneros da literatura.

  • Apresente os slides sobre "Por que ler?" se os participantes não forem leitores ativos. Esses slides e seus respectivos conteúdos podem ser encontrados AQUI. Ou abra um diálogo aberto sobre gostos e motivações se os participantes já forem leitores ativos.
  • Instrua-os sobre a importância da anotação de ideias. Converse sobre livros já lidos e sugira opções de acesso a literatura diversificada. 
Peça o preenchimento de ficha para registro como essa:

                         Clique na imagem para ampliar

  • Finalize após atividade dinâmica PALAVRAS NA HISTÓRIA.
Peça aos participantes que cada um diga a primeira palavra que vier à mente. Anote-as num quadro. Escolha uma história unilateralmente conhecida (como a Cinderela). Explique a todos que cada um deverá contar um pedaço da história, mas deverão incluir uma das palavras na história. Vale tudo na hora da criatividade, desde que o início e o fim permaneçam fieis à história inicial.